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NEUROCIÊNCIA COGNITIVA E REGULAÇÃO
EMOCIONAL: RESSIGNIFICAÇÃO E INDUÇÃO DA
EMOÇÃO
Cognive Neuroscience and Emoonal Regulaon:
Reappraisal and Emoon Inducon
Andrea Gonçalves
1
Resumo
A neurociência cogniva tem avançado signicavamente na compreensão dos mecanismos
envolvidos na regulação emocional, destacando a relevância da ressignicação cogniva e da indução
emocional como estratégias centrais. A ressignicação refere-se à capacidade de reinterpretar uma
experiência, atribuindo-lhe novos sendos que transformam a resposta afeva, enquanto a indução da
emoção está associada à possibilidade de provocar ou modular estados emocionais por meio de
pensamentos, memórias e contextos simbólicos. Esses processos, sustentados pela plascidade neural
e pela interação entre córtex pré-frontal, amígdala e sistemas de memória, demonstram que as
emoções não são respostas automácas e xas, mas construções dinâmicas moduladas pela cognição.
Autores como Lisa Feldman Barre (2017) evidenciam que as emoções são produtos da previsão
cerebral e da atribuição de signicado, reforçando o papel da interpretação na experiência afeva.
Nesse sendo, a ressignicação e a indução emocional assumem importância práca em diferentes
contextos: clínico, educacional, social e organizacional, promovendo resiliência, bem-estar e saúde
mental. O argo discute, assim, como essas estratégias podem ser compreendidas não apenas como
ferramentas terapêucas, mas como competências existenciais para o manejo consciente das
experiências emocionais.
Palavras-chave: neurociência cogniva; regulação emocional; ressignicação; indução emocional.
Abstract
Cognive neuroscience has made signicant progress in understanding the mechanisms involved in
emoonal regulaon, highlighng the relevance of cognive reappraisal and emoon inducon as
central strategies. Reappraisal refers to the ability to reinterpret an experience, assigning it new
meanings that transform the aecve response, while emoon inducon is associated with the
capacity to evoke or modulate emoonal states through thoughts, memories, and symbolic contexts.
These processes, sustained by neural plascity and the interacon between the prefrontal cortex,
amygdala, and memory systems, demonstrate that emoons are not automac and xed responses,
but dynamic construcons modulated by cognion. Authors such as Lisa Feldman Barre (2017)
1
Universitat de Barcelona, U.B., Espanha. E-mail: andreag.psicologia@gmail.com. hps://orcid.org/0009-0004-8002-0550
Andrea Gonçalves
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emphasize that emoons are products of the brain’s predicve processes and meaning aribuon,
reinforcing the role of interpretaon in aecve experience. In this sense, reappraisal and emoonal
inducon gain praccal importance in dierent contexts—clinical, educaonal, social, and
organizaonal—promong resilience, well-being, and mental health. Thus, this arcle argues that
these strategies should be understood not only as therapeuc tools, but also as existenal
competencies for the conscious management of emoonal experiences.
Keywords: cognive neuroscience; emoonal regulaon; reappraisal; emoon inducon.
1 INTRODUÇÃO
A regulação emocional constitui-se como um dos campos mais relevantes da psicologia
contemporânea, especialmente quando analisada sob a perspectiva da neurociência
cognitiva. Trata-se da capacidade de modular os estados afetivos por meio de processos
atencionais, avaliativos e interpretativos que permitem o apenas reagir às situações de
maneira mais adaptativa, mas também ressignificar experiências passadas ou presentes.
Nesse contexto, compreender como os indivíduos são capazes de induzir suas próprias
emoções por meio do pensamento, da memória e da linguagem torna-se fundamental para o
avanço das práticas clínicas, educacionais e sociais.
De acordo com Gross (2015), a reavaliação cognitiva (ou ressignificação) é uma das
estratégias centrais da regulação emocional, permitindo reinterpretar uma situação com
vistas a modificar seu impacto afetivo. A título de exemplo, uma experiência de fracasso pode
ser percebida como oportunidade de aprendizado quando reinterpretada, promovendo uma
resposta emocional mais construtiva. Essa capacidade de transformação está intimamente
ligada a processos cognitivos, como atenção seletiva, memória de trabalho e imaginação, que
oferecem o suporte necessário para a reestruturação da experiência (Oliveira; Gomes, 2017).
Complementarmente, Lisa Feldman Barrett (2017; 2018) propõe uma visão inovadora
ao defender que as emoções não são entidades fixas ou universais, mas experiências
construídas a partir de interações entre corpo, cérebro e contexto cultural. Essa perspectiva
amplia a compreensão da regulação emocional ao enfatizar que a indução de estados afetivos
pode ser intencionalmente moldada, de modo que a própria narrativa pessoal influencia a
experiência emocional. Assim, a emoção não é apenas uma reação, mas uma construção que
pode ser direcionada pela cognição e pela linguagem.
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Na literatura ibérica e latino-americana, diversos autores reforçam essa compreensão.
Bisquerra (2009) destaca a importância da educação emocional para o desenvolvimento das
competências de autorregulação, defendendo que a capacidade de ressignificar é central para
a inteligência emocional. De forma semelhante, Damásio (2018) argumenta que os
sentimentos desempenham papel essencial na construção cultural e social, revelando-se
elementos fundamentais para a vida em comunidade. Tais contribuições demonstram que a
regulação emocional, longe de ser apenas uma função individual, também se manifesta como
fenômeno social, moldado pela cultura e pela aprendizagem.
A presente reflexão busca integrar as contribuições da neurociência cognitiva e das
teorias construtivistas das emoções, destacando a relevância da ressignificação e da indução
emocional como processos centrais na promoção do bem-estar psicológico.
Assim, a regulação emocional pode ser compreendida como um processo que
ultrapassa o nível biológico, alcançando dimensões sociais, culturais e subjetivas. Ao
ressignificar uma experiência, o indivíduo o apenas modifica sua resposta emocional, mas
também reconstrói o sentido atribuído ao acontecimento, alterando a maneira como essa
vivência será lembrada e integrada à sua história pessoal (Rodrigues; Queirós, 2015). Esse
processo de reconstrução narrativa aproxima a neurociência cognitiva da psicologia cultural,
uma vez que as emoções passam a ser vistas como fenômenos dinâmicos, influenciados por
contextos históricos e linguísticos.
Lisa Feldman Barrett (2017) reforça essa ideia ao argumentar que as emoções não são
entidades universais, mas produtos de inferências realizadas pelo cérebro a partir de sinais
corporais, expectativas e conhecimento prévio. Essa perspectiva abre espaço para
compreender como a própria indução emocional pode ser intencional: ao evocar uma
memória positiva ou ao reformular cognitivamente um evento adverso, o sujeito é capaz de
alterar sua experiência afetiva no presente. Desse modo, a emoção é tanto uma construção
cerebral quanto uma construção cultural, pois depende da interação entre o organismo, o
meio social e os sistemas simbólicos compartilhados.
A importância da ressignificação encontra eco também nas contribuições de autores
como Bisquerra (2009), por exemplo. Ele ressalta que a competência emocional não se resume
ao reconhecimento ou expressão das emoções, mas envolve sobretudo a capacidade de
manejá-las de forma adaptativa. Nessa direção, a educação emocional, presente em
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ambientes escolares e sociais, torna-se ferramenta essencial para fomentar a habilidade de
reinterpretar experiências, promovendo resiliência, autocontrole e bem-estar subjetivo.
Complementarmente, Extremera e Fernández-Berrocal (2006) demonstram que níveis mais
elevados de inteligência emocional estão associados a melhor saúde mental, social e física,
revelando que a regulação eficaz das emoções tem impacto direto na qualidade de vida.
Nesse contexto, Damásio (2018) reforça a centralidade dos sentimentos como “guardiões da
cultura”, responsáveis por orientar escolhas, valores e práticas sociais. Essa concepção
aproxima a neurociência da filosofia e da antropologia, evidenciando que a regulação
emocional não é apenas uma habilidade individual, mas também um mecanismo que sustenta
a vida coletiva. Ao aprender a ressignificar, o indivíduo não apenas promove sua
autorregulação, mas também contribui para a construção de ambientes sociais mais saudáveis
e cooperativos.
Diante desse panorama, observa-se que a neurociência cognitiva, ao investigar os
mecanismos que permitem ao ser humano ressignificar experiências e induzir estados
emocionais, oferece não apenas explicações sobre o funcionamento cerebral, mas também
ferramentas para repensar práticas educativas, terapêuticas e sociais. A relevância desse
campo, portanto, ultrapassa os limites da teoria, projetando-se como uma contribuição
indispensável para a promoção da saúde emocional em uma sociedade marcada por desafios
constantes e contextos de alta complexidade.
2 A RESSIGNIFICAÇÃO COMO ESTRATÉGIA DE REGULAÇÃO EMOCIONAL
A ressignificação, também chamada de reavaliação cognitiva, constitui-se como uma
das estratégias centrais de regulação emocional estudadas pela psicologia contemporânea.
Gross (2015) descreve esse processo como a capacidade de reinterpretar cognitivamente um
estímulo ou situação, alterando assim a intensidade e a qualidade da resposta emocional
associada. Em contraste com estratégias como a supressão, que apenas inibem a expressão
emocional sem modificar sua raiz, a ressignificação promove mudanças mais profundas e
sustentáveis, favorecendo o bem-estar psicológico.
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Na perspectiva da neurociência cognitiva, a ressignificação envolve processos como a
atenção seletiva e a flexibilidade cognitiva, que permitem ao sujeito deslocar o foco da
interpretação negativa para significados mais funcionais. Oliveira e Gomes (2017), ao
revisarem a literatura sobre regulação emocional em psicoterapia, destacam que o exercício
contínuo da ressignificação possibilita ao indivíduo reestruturar padrões de pensamento
cristalizados, diminuindo a vulnerabilidade a transtornos emocionais. Esse achado reforça o
potencial terapêutico da reavaliação cognitiva em contextos clínicos, particularmente em
intervenções de base cognitivo-comportamental.
Do ponto de vista construtivista, Lisa Feldman Barrett (2017) amplia essa discussão ao
afirmar que as emoções não são respostas automáticas e imutáveis, mas experiências que
podem ser moldadas a partir da interpretação e da linguagem. Nesse sentido, ao escolher uma
nova narrativa para compreender um evento, o indivíduo não apenas altera a emoção
vivenciada, mas literalmente constrói uma experiência emocional distinta. A ressignificação,
portanto, não é somente um recurso adaptativo, mas um mecanismo ativo de construção
emocional que transforma a percepção da realidade.
Bisquerra (2009), reforça que no campo educacional, que a ressignificação está
intimamente ligada ao desenvolvimento da competência emocional, sendo fundamental em
programas de educação socioemocional. Ao aprender a reinterpretar conflitos, frustrações ou
fracassos, os indivíduos desenvolvem maior resiliência e empatia, habilidades essenciais para
o convívio social e para o fortalecimento das relações interpessoais. Da mesma forma, estudos
espanhóis evidenciam que estudantes com maiores níveis de inteligência emocional
apresentam maior capacidade de ressignificação e, consequentemente, melhor saúde mental
(Extremera; Fernández-Berrocal, 2006).
Além do âmbito educacional, a ressignificação se revela um recurso essencial na vida
cotidiana. Damásio (2018) observa que os sentimentos orientam decisões e valores humanos,
influenciando tanto as escolhas individuais quanto a vida em sociedade. Dessa forma, a
ressignificação não apenas regula a experiência subjetiva, mas contribui para que os sujeitos
construam interpretações coletivas mais saudáveis e solidárias. Esse aspecto revela sua
importância não apenas para o bem-estar individual, mas também para a coesão social e para
a construção de culturas mais equilibradas emocionalmente.
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A ressignificação constitui um dos mecanismos mais poderosos da regulação
emocional. Ela não apenas modifica a experiência subjetiva do presente, mas também
reconfigura a memória e projeta novas possibilidades para o futuro. Ao integrar os estudos da
neurociência cognitiva com as perspectivas construtivistas e educacionais, evidencia-se que
aprender a ressignificar é, em grande medida, aprender a viver com maior equilíbrio,
adaptabilidade e sentido.
Para além do campo teórico, é fundamental compreender como a ressignificação se
aplica em contextos práticos. Em situações que envolvem a terapia cognitivo-
comportamental, por exemplo, pacientes que apresentam padrões de pensamento
automáticos negativos são convidados a reinterpretar as situações que desencadeiam
sofrimento. Um indivíduo que vivencia uma crítica no ambiente de trabalho pode,
inicialmente, interpretá-la como sinal de incompetência. No entanto, ao ressignificar, pode
perceber a crítica como uma oportunidade de crescimento e aprimoramento. Essa mudança
de narrativa transforma a emoção associada, reduzindo sentimentos de ansiedade e baixa
autoestima, e favorecendo um engajamento mais construtivo com o ambiente (Beck, 2013).
Na educação socioemocional, a ressignificação desempenha papel igualmente central.
Programas implementados em escolas portuguesas, por exemplo, têm demonstrado que, ao
ensinar crianças e adolescentes a reinterpretar conflitos cotidianos, como brigas com colegas
ou dificuldades em provas, promove-se maior autorregulação e menor incidência de
comportamentos agressivos (Nogueira; Sequeira, 2016). Essa competência emocional,
segundo Bisquerra (2009), é essencial para a formação integral, pois possibilita que os jovens
não apenas lidem melhor com suas emoções, mas também desenvolvam maior empatia e
capacidade de cooperação.
No campo das relações interpessoais, a ressignificação é uma ferramenta de mediação
de conflitos. Fernández-Abascal e Martín-Díaz (2015) observam que casais que utilizam a
ressignificação para reinterpretar divergências tendem a apresentar maior satisfação conjugal
e menor frequência de discussões destrutivas. Ao invés de perceber o desacordo como
ameaça, a ressignificação permite que seja entendido como oportunidade de diálogo e
fortalecimento do vínculo. Esse exemplo evidencia que a ressignificação não atua apenas
sobre a experiência individual, mas também na qualidade das relações humanas.
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Outra dimensão importante é a ressignificação no processo de luto. A perda de um
ente querido inevitavelmente desencadeia dor e tristeza. Contudo, estudos mostram que
pessoas capazes de ressignificar a experiência interpretando-a como parte do ciclo da vida,
ou mantendo viva a memória afetiva da pessoa perdida em atos cotidianos apresentam
maior resiliência e menor risco de desenvolver quadros depressivos (Fraga; Sequeira, 2014).
Essa perspectiva conecta-se à visão de Lisa Feldman Barrett (2017), segundo a qual as
emoções são experiências construídas: ao escolher uma nova forma de interpretar a perda,
o sujeito também constrói uma emoção menos paralisante e mais integradora.
No cotidiano, todos somos confrontados com situações que, se não reinterpretadas,
podem gerar sobrecarga emocional. O trânsito caótico, por exemplo, pode ser fonte de
irritação contínua. Porém, quando ressignificado como uma oportunidade para ouvir música,
refletir ou mesmo praticar respiração consciente, transforma-se em um momento menos
desgastante. Essa mudança, ainda que aparentemente simples, impacta a qualidade de vida
ao longo do tempo, reforçando a ideia de que a ressignificação não é apenas um recurso
terapêutico, mas uma prática cotidiana de saúde emocional.
A ressignificação transcende os limites da psicoterapia ou da teoria acadêmica: trata-
se de uma habilidade vital, que pode ser aprendida, treinada e aplicada em múltiplos
contextos da vida. Como defende Gross (2015), ao integrar a ressignificação na rotina,
desenvolvemos uma forma mais saudável de lidar com as inevitáveis adversidades da
existência, transformando o modo como sentimos e vivemos.
3 A CONSTRUÇÃO DAS EMOÇÕES E A INDUÇÃO DA PRÓPRIA EXPERIÊNCIA
EMOCIONAL
A compreensão das emoções passou, nas últimas décadas, de modelos tradicionais
que as tratavam como respostas universais e automáticas para uma visão construtivista,
segundo a qual as emoções são experiências construídas pelo cérebro a partir de sinais
corporais, contexto e aprendizado prévio (Barrett, 2017). Essa perspectiva evidencia que o
ser humano não é apenas passivo diante de seus estados afetivos, mas possui capacidade
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ativa de induzir e moldar suas próprias emoções, seja por meio do pensamento, da linguagem
ou da imaginação.
Barrett (2018) explica que o cérebro utiliza uma combinação de interocepção
(percepção de sinais internos do corpo), memória e conhecimento prévio para prever e
construir experiências emocionais. Essa previsão não é um processo mecânico: ela é
altamente influenciada pelo contexto social, cultural e linguístico. Em outras palavras, ao
alterar a interpretação de um evento ou ao evocar lembranças significativas, o indivíduo pode
literalmente criar uma emoção diferente da que surgiria automaticamente.
No contexto da educação emocional, Bisquerra (2009) destaca que a indução
emocional intencional pode ser ensinada e treinada, promovendo maior autoconsciência e
controle emocional. Por exemplo, ao utilizar narrativas, exercícios de imaginação ou
atividades de escrita reflexiva, alunos aprendem a transformar ansiedade em motivação ou
frustração em aprendizado, ressignificando o impacto afetivo de situações desafiadoras. Esses
métodos não apenas promovem o bem-estar, mas também facilitam a aprendizagem e a
adaptação social.
Em ambientes clínicos, a indução da própria emoção tem aplicação direta em
intervenções psicoterapêuticas. Técnicas como a visualização guiada, reinterpretação de
memórias e ensaios imaginativos são empregadas para alterar estados emocionais
disfuncionais. Fraga e Sequeira (2014) demonstram que pacientes em processo de luto podem
reconstruir emoções associadas à perda ao evocar lembranças afetivas de forma estruturada,
promovendo experiências de consolo e aceitação em lugar de sofrimento prolongado.
Ainda no campo clínico, a indução de emoções também é aplicada para fins
terapêuticos. Em psicoterapia, pacientes podem ser convidados a evocar lembranças afetivas
ou imaginar cenários positivos para alterar o estado emocional atual, promovendo
experiências de prazer, calma ou motivação (Fraga; Sequeira, 2014). Essa estratégia é
especialmente útil em contextos de ansiedade, depressão ou luto, nos quais a experiência
afetiva tende a ficar presa em padrões automáticos de sofrimento. Ao induzir emoções
construtivas, o paciente aprende não apenas a reagir de maneira diferente, mas também a
reestruturar sua própria experiência emocional.
Segundo Damásio (2018), os sentimentos são fundamentais não apenas para a
experiência individual, mas também para a vida em sociedade. A capacidade de induzir
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emoções adequadas a diferentes contextos, como empatia em interações sociais ou calma em
situações de conflito, constitui um mecanismo de regulação social que sustenta a cooperação
e o bem-estar coletivo. Além disso, Damásio (2018) destaca que as emoções moldam decisões
e comportamentos, inuenciando não apenas a experiência pessoal, mas também o
funcionamento social. A capacidade de induzir emoções adequadas em situações especícas
como empaa em relações interpessoais ou paciência em contextos desaadores
sustenta a cooperação e a harmonia social. Em outras palavras, o domínio da própria
experiência emocional transforma-se em uma habilidade de adaptação social, permindo
que os indivíduos inuenciem não apenas a si mesmos, mas também o ambiente ao redor.
Outros estudos apontam que a inteligência emocional que inclui a habilidade de
induzir e gerenciar emoções está associada a melhores resultados acadêmicos e maior
saúde mental (Extremera; Fernández-Berrocal, 2006). Tais evidências reforçam a ideia de que
as emoções são maleáveis e podem ser estrategicamente construídas, permitindo que o
indivíduo não apenas reaja ao mundo, mas ativamente molde sua experiência emocional.
A construção das emoções e a indução intencional de estados afetivos representam
avanços significativos na neurociência cognitiva. Elas destacam a autonomia do indivíduo
sobre suas experiências emocionais, aproximando ciência, prática clínica e educação. Ao
integrar essas ideias com a ressignificação abordada anteriormente, torna-se evidente que
emocionalmente somos, em grande medida, arquitetos de nossas próprias experiências,
capazes de transformar percepções, narrativas e sentidos em prol do bem-estar.
Um dos aspectos centrais na construção das emoções é a capacidade de antecipação
e previsão do cérebro, conceito amplamente explorado por Lisa Feldman Barrett (2017).
Segundo a autora, o cérebro não reage passivamente aos estímulos externos; ele
constantemente prevê estados internos e externos, combinando informações sensoriais com
memória e conhecimento prévio. Dessa forma, o sujeito pode pré-induzir uma emoção ao se
preparar cognitivamente para uma situação futura. Por exemplo, ao se imaginar realizando
uma apresentação, é possível induzir excitação ou ansiedade de maneira antecipada,
permitindo estratégias de autorregulação antes mesmo do evento.
Rodrigues e Queirós (2015) destacam que a consciência corporal e a atenção plena são
ferramentas que potencializam a capacidade de modular estados emocionais. Práticas como
respiração controlada, mindfulness e exercícios de imaginação auxiliam na criação de um
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ambiente interno favorável, no qual as emoções são moldadas de forma deliberada. Nessa
perspectiva, a indução emocional deixa de ser um processo passivo e torna-se uma habilidade
aprendida e treinável.
Na área educacional, autores como Bisquerra (2009) e Extremera e Fernández-Berrocal
(2006) evidenciam que técnicas de indução emocional podem favorecer a aprendizagem e o
desenvolvimento socioemocional. Por exemplo, ao ensinar alunos a evocarem estados de
calma antes de uma avaliação ou a mobilizarem lembranças positivas para enfrentar
frustrações, os educadores promovem maior autocontrole, resiliência e engajamento. Essa
abordagem evidencia que a indução emocional não é apenas uma habilidade individual, mas
um recurso pedagógico poderoso, capaz de impactar o desempenho e a qualidade de vida dos
estudantes.
Outro ponto relevante é a influência da linguagem e da narrativa pessoal na
construção emocional. Barrett (2017) argumenta que nomear e categorizar emoções por
exemplo, identificar que se está sentindo frustração ou ansiedade permite ao cérebro
construir experiências mais precisas e moduláveis. Essa prática de rotular emoções auxilia
tanto na indução de estados desejados quanto na ressignificação de estados adversos,
mostrando que a linguagem não é apenas expressão, mas ferramenta de criação emocional.
Portanto, a construção das emoções e a indução da própria experiência afetiva
representam um campo integrador entre neurociência, psicologia clínica e educação
emocional. Ao reconhecer que as emoções são maleáveis, construídas e induzíveis, abre-se
espaço para estratégias práticas que promovem saúde mental, aprendizagem eficiente e
relações interpessoais mais equilibradas. Essa abordagem reforça a ideia de que somos, de
fato, agentes ativos de nossas experiências emocionais, capazes de transformar percepções,
narrativas e sentimentos em prol do bem-estar individual e coletivo.
3. APLICAÇÕES PRÁTICAS DA RESSIGNIFICAÇÃO E INDUÇÃO EMOCIONAL
3.1 Dimensão Social e Coletiva da Ressignificação
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A ressignificação não é apenas um ato individual, mas também coletivo. Grupos,
comunidades e até sociedades inteiras reconstroem significados diante de crises. Um exemplo
evidente é a pandemia de COVID-19: enquanto muitos viveram o isolamento social como
perda de liberdade e ameaça, outros o ressignificaram como oportunidade para desenvolver
novas habilidades, estreitar vínculos familiares ou refletir sobre prioridades de vida.
Essa dimensão coletiva se aproxima do que Berger e Luckmann (2003) chamam de
construção social da realidade: o sentido que atribuímos às experiências não é fixo, mas
continuamente negociado em interações sociais. Do ponto de vista emocional, isso significa
que comunidades podem induzir estados afetivos compartilhados de esperança ou de
medo dependendo das narrativas dominantes.
Exemplo: campanhas de saúde pública que reforçam mensagens de “solidariedade e
cuidado” em vez de “culpa e punição” tendem a gerar maior adesão às medidas e um clima
emocional mais positivo.
3.2 Ressignificação na Liderança e no Mundo do Trabalho
O ambiente corporativo é um dos espaços em que a ressignificação e a indução
emocional mais se manifestam. Líderes eficazes são aqueles que conseguem ajudar suas
equipes a interpretar desafios como oportunidades de crescimento e não apenas como
obstáculos.
Por exemplo, durante processos de reestruturação, um gestor pode comunicar a
mudança como "ameaça de cortes e perdas" ou como "processo de inovação e
reposicionamento no mercado". O impacto emocional será completamente distinto.
Barrett (2017) destaca que, em contextos de liderança, a habilidade de oferecer novas
molduras interpretativas (frames) atua diretamente sobre a maneira como os membros do
grupo constroem suas emoções. Isso sugere que a liderança não é apenas racional, mas
fundamentalmente emocional, enraizada em processos de ressignificação coletiva.
3.3 Ressignificação em Processos de Trauma
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A clínica do trauma é talvez o campo mais desafiador da ressignificação. Experiências
traumáticas abuso, violência, acidentes tendem a cristalizar narrativas dolorosas que se
repetem incessantemente na memória. Judith Herman (1992), em seu clássico Trauma and
Recovery, defende que um dos processos terapêuticos fundamentais é possibilitar que o
sobrevivente reconstrua o significado da experiência.
Isso não significa apagar ou negar o trauma, mas integrá-lo em uma narrativa de
sobrevivência, força e superação. A mudança da pergunta “por que isso aconteceu comigo?”
para “o que posso construir a partir do que aconteceu comigo?” é, em si, um movimento de
ressignificação. Neurocientificamente, estudos sugerem que esse processo envolve a
reconsolidação da memória, onde recordações emocionais podem ser atualizadas com novas
informações e sentidos (Nader; Hardt, 2009).
3.4 Indução Emocional e Tecnologias Digitais
Vivemos numa era em que os algoritmos e as redes sociais influenciam intensamente
estados emocionais. Plataformas digitais utilizam indução emocional de maneira sistemática:
desde playlists musicais que prometem relaxamento até feeds que estimulam indignação e
engajamento.
Pesquisas como a de Kramer, Guilloru e Hancock (2014), que analisaram manipulação
experimental de conteúdos no Facebook, mostraram que é possível induzir emoções em larga
escala sem contato presencial. Essa descoberta, além de preocupante, reforça a importância
de desenvolvermos uma consciência crítica: aprendermos a ressignificar conteúdos digitais,
não reagindo de forma automática, mas escolhendo como interpretá-los.
3.5 Ressignificação Existencial e Espiritual
Em contextos de crise existencial, como luto ou diagnóstico de doenças graves, a
ressignificação frequentemente assume caráter espiritual. Frankl (2008), sobrevivente do
Holocausto e fundador da Logoterapia, mostrou que o ser humano pode suportar quase
qualquer sofrimento quando encontra um sentido para ele.
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Nesse sentido, a ressignificação vai além da regulação emocional momentânea: ela se
torna um eixo de reconstrução identitária. A capacidade de atribuir significados
transcendentais à dor transforma o sofrimento em oportunidade de crescimento interior,
ampliando horizontes de esperança.
Essa visão se conecta com Barrett (2018), quando ela afirma que o cérebro humano é
uma “máquina de previsão orientada pelo significado”. Ou seja, não buscamos apenas
sobreviver; buscamos atribuir sentido às experiências, e isso, em si, molda nossas emoções.
A ressignificação e a indução emocional não devem ser vistas apenas como técnicas, mas
como formas de viver. Elas estão presentes:
no consultório clínico, ao ajudar um paciente a reinterpretar seus pensamentos;
na escola, ao ensinar crianças a lidar com frustrações;
no trabalho, ao transformar mudanças em oportunidades;
nas redes sociais, ao filtrar e reinterpretar conteúdos;
na vida espiritual, ao transformar dor em sentido.
Assim, o que emerge é uma visão ampliada: a emoção é sempre construída na
interseção entre cérebro, corpo, cultura e linguagem. Aprender a ressignificar é, em última
instância, aprender a habitar o mundo de forma mais consciente e resiliente.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente artigo evidenciou que a regulação emocional, à luz da neurociência
cognitiva, é um processo dinâmico, construído e modulável, no qual a ressignificação cognitiva
e a indução da emoção desempenham papéis centrais. Ao compreender que as emoções não
são respostas automáticas e imutáveis, mas produtos da interpretação e da previsão cerebral,
abre-se espaço para estratégias práticas que permitem aos indivíduos exercer maior controle
sobre seus estados afetivos.
A ressignificação permite reinterpretar experiências adversas, promovendo mudanças
significativas na resposta emocional e no comportamento subsequente. a indução
emocional mostra que é possível gerar estados afetivos específicos por meio de pensamentos,
memórias ou contextos simbólicos, evidenciando a plasticidade emocional do cérebro
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humano. Tais processos têm aplicação em múltiplos contextos: na psicoterapia, auxiliando na
superação de traumas e na promoção de bem-estar; na educação, fortalecendo competências
socioemocionais; no cotidiano, melhorando a qualidade de vida; e em ambientes
organizacionais, potencializando liderança e cooperação.
Autores como Lisa Feldman Barrett (2017) reforçam que a emoção é sempre uma
construção do cérebro, mediada pelo significado e pelo contexto, o que evidencia a
importância de desenvolver habilidades para ressignificar experiências e induzir estados
emocionais adaptativos. Portanto, compreender e aplicar essas estratégias não é apenas uma
questão de intervenção terapêutica, mas também uma competência essencial para o manejo
consciente da vida emocional, promovendo resiliência, autoconsciência e relações mais
equilibradas.
Em síntese, a integração entre neurociência, psicologia cognitiva e práticas de
ressignificação e indução emocional oferece um caminho promissor para o fortalecimento da
saúde mental e emocional, possibilitando que indivíduos não apenas compreendam suas
emoções, mas se tornem agentes ativos na construção de experiências afetivas mais saudáveis
e significativas.
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Andrea Gonçalves
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SOBRE A AUTORA
Andrea Gonçalves é Pós-doutora em Psicologia pela Universidade de Valência, Espanha.
Doutora em Ciências da Educação pela Universitat de Barcelona, U.B., Espanha. Mestre em
Desenvolvimento Prossional par a Qualidade Educava pela Universitat de Barcelona, UB,
Espanha. Graduação em Psicologia pela Sociedade Blumenauense de Ensino Superior, IBES
SOCIESC. Diretora da Uninq University.
Recebido em 25 de setembro de 2025.
Revisado em 07 de outubro de 2025.
Aprovado em 07 de outubro de 2025.
© Associação Brasileira de Editores Científicos - ABEC
Este é um artigo de acesso aberto, licenciado de acordo com os
termos da Creative Commons, permitindo uso
e compartilhamentoconforme suas diretrizes.
Como citar este artigo: GONÇALVES, Andrea. Neurociência cognitiva e regulação emocional:
ressignificação e indução da emoção. EVOXIA INTERNACIONAL JOURNAL OF SCIENTIFIC
INNOVATION, Blumenau, SC, v. 1, n.1, dez. 2025.
Conflitos de interesse: Em conformidade com as boas práticas de publicação científica, a autora
declara a inexistência de conflitos de interesse de natureza comercial, financeira ou associativa
que possam influenciar, de forma direta ou indireta, o conteúdo e os resultados apresentados
neste manuscrito.
Financiamento: O estudo não recebeu financiamento.