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AS CONSEQUÊNCIAS DO ALCOOLISMO PARENTAL NA
VIVÊNCIA DOS FILHOS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
THE CONSEQUENCES OF PARENTAL ALCOHOLISM ON CHILD
EXPERIENCE: AN INTEGRATIVE REVIEW
Maria Clara Carrias
1
Danyele Maria Annater
2
Mayra Crisne Loewen
3
Taila Tais Draeger
4
William Fernandes Weidgenand
5
RESUMO
Este estudo propõe-se a analisar o escopo das evidências disponíveis sobre as consequências do
alcoolismo parental na vivência dos lhos, através de uma revisão integrava da literatura. Foram
selecionados argos publicados nos úlmos dez anos, em português, nas bases CAPES e BVS,
resultando em uma amostra signicava para compreensão do tema. Os dados analisados apontam
que crianças expostas à convivência com pais dependentes de álcool tendem a apresentar diculdades
no desenvolvimento emocional e social. Entre os principais achados, destacam-se duas categorias
recorrentes: negligência e violência (sica, verbal e psicológica). A escassez de estudos nacionais
reforça a urgência de novas invesgações que sirvam de base para polícas públicas e prácas clínicas
voltadas à proteção dessa população. Conclui-se que o alcoolismo parental representa um fator de
risco relevante para o desenvolvimento saudável da criança, exigindo maior atenção da sociedade, das
redes de apoio e dos prossionais da saúde mental.
Palavras-chave: Alcoolismo; Negligência infantil; Vivência familiar; Parentalidade; Apoio Social.
1
UNINQ University, UNINQ, Estados Unidos-Brazil, E-mail: claracarrrias@gmail.com hps://orcid.org/0009-0005-7463-7578
2
UNIASSELVI, Indaial, Santa Catarina, Brasil. E-mail: danyeleannater2@gmail.com hps://orcid.org/0009-0002-8368-4390
3
UNIASSELVI, Indaial, Santa Catarina, Brasil. E-mail: mayrabs26@gmail.com hps://orcid.org/0009-0002-1577-0385
4
UNIASSELVI, Indaial, Santa Catarina, Brasil. E-mail: tailatais1323@gmail.com hps://orcid.org/0009-0004-4355-8474
5
UNIASSELVI, Indaial, Santa Catarina, Brasil. E-mail: williamfwddg@gmail.com hps://orcid.org/ 0009-0008-3307-9786
Maria Clara Carrias
Danyele Maria Annater
Mayra Crisne Loewen
Taila Tais Draeger
William Fernandes Weidgenand
EVOXIA – INTERNACIONAL JOURNAL OF SCIENTIFIC INNOVATION, Blumenau, SC, v. 1, n.1, dez. 2025.
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ABSTRACT
This study aims to analyze the scope of available evidence regarding the consequences of parental
alcoholism on the lives of children, through an integrative literature review. Articles published in
Portuguese over the past ten years were selected from the CAPES and BVS databases, resulting in a
significant sample for understanding the topic. The analyzed data indicate that children exposed to
parents with alcohol dependence tend to experience difficulties in emotional and social development.
Among the main findings, two recurring categories stand out: neglect and violence (physical, verbal,
and psychological). The lack of national studies reinforces the urgent need for further research to
support public policies and clinical practices aimed at protecting this population. It is concluded that
parental alcoholism is a significant risk factor for the healthy development of children, demanding
greater attention from society, support networks, and mental health professionals.
Keywords: Alcoholism; Child Neglect; Family Violence; Parenting; Social support.
1 INTRODUÇÃO
Nos úlmos anos muito se estudou sobre alcoolismo e suas consequências na vida
social, organizacional e na saúde sica do sujeito elista; entretanto, uma quandade
relavamente baixa de estudos se concentra nas repercussões do vício nos familiares do
usuário e, sobretudo, nas vivências dos lhos atravessadas por essa realidade domésca. A
escassez de produções nacionais que explorem de maneira aprofundada essa dinâmica, gera
uma lacuna que diculta a formulação de polícas públicas e estratégias de intervenção que
considerem a complexidade dessa vivência, marcada por fatores intergeracionais, culturais e
estruturais.
Estudos prospecvos demonstram que maior incidência de problemas
comportamentais e diculdades escolares entre lhos de alcoolistas (Sheret et al., 1996), e,
analisando-se aspectos como vergonha, autoesma, notas e interação com os professores,
essas crianças apresentam resultados signicavamente inferiores se comparados a lhos de
pais não alcoolistas (Zano-Jeronymo; Carvalho, 2005).
Entre outros dos possíveis impactos negavos dessa conguração, constuem-se o
risco de envolvimento precoce com o uso excessivo de álcool e outras substâncias psicoavas
(Zano-Jeronymo; Carvalho, 2005) e ligações especiais com transtornos de conduta e
delinquência (Steinhousen, 1995), perpetuando o ciclo de violência e negligência amplamente
percebidos nesse contexto.
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A dependência alcoólica, quando presente na parentalidade, pode comprometer não
apenas as funções básicas de cuidado, mas também os vínculos afevos e a estrutura
emocional necessária para o desenvolvimento saudável da criança. A convivência em
ambientes familiares marcados pelo uso abusivo de álcool frequentemente impõe à criança
uma realidade instável, onde ela é levada a assumir papéis disfuncionais (Matos; Godinho,
2024), isso, somado à falta de afeto e aos conitos frequentes, intensicam os riscos de
transtornos emocionais (Agnes Pinto et al., 2008). Por esse movo, lhos de alcoolistas têm
sido idencados como um grupo de risco psiquiátrico (Furtado; Laucht; Schidmit, 2002).
Muitos desses efeitos podem persisr até a vida adulta, comprometendo
relacionamentos e autoesma, visto que as vivências no desenvolvimento do ser humano
deixam memórias sobre o vínculo parental que podem afetar profundamente a qualidade de
vida desse lho (Larissa Vieira et al., 2021). A compreensão desses danos emocionais é
fundamental para romper essa espiral de sofrimento e promover ações efevas de
acolhimento e prevenção. Faz-se mister que a literatura cienca se debruce com mais
atenção sobre esses impactos psicossociais, especialmente em contextos sociais marcados por
desigualdade, escassez de recursos e ausência de rede de apoio.
Sob essa óca, ca claro que o alcoolismo gera danos irreverveis no núcleo familiar e
se reete biológica e cognivamente no desenvolvimento do sujeito, sendo um tópico cuja
análise é urgente (Santos; Oliveira, 2021). Considerando o supracitado, o objevo geral desse
argo é fazer uma análise das evidências disponíveis referentes a consequências do alcoolismo
parental na vivência dos lhos desses sujeitos, apresentando possíveis danos sicos, mentais
e comportamentais, por intermédio de pesquisas e busca de arquivos de acordo com critérios
de inclusão pré-selecionados. Já os objevos especícos incluem: (a) Selecionar argos
ciencos que abordem os efeitos do alcoolismo parental na vivência dos lhos na infância,
adolescência ou vida adulta; (b) Analisar os impactos sicos, mentais e comportamentais
descritos na literatura selecionada e (c) Compreender as implicações dessas evidências para a
práca clínica e âmbito social.
2 MÉTODO
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Adota-se a revisão integrava como metodologia de base, com o intuito de reunir e
analisar cricamente a produção cienca existente sobre o tema, em consonância com os
critérios de rigor metodológico exigidos na área. Para isso, realizaram-se as seguintes etapas:
delimitação da questão a ser pesquisada; escolha das fontes de dados; eleição das palavras-
chave para a busca; busca e armazenamento dos resultados; seleção de argos pelo resumo,
de acordo com critérios de inclusão e exclusão; extração dos dados dos argos selecionados;
avaliação dos argos e síntese e interpretação dos dados (Akobeng, 2005).
Este método visa esclarecer, capturar e mapear a variedade de evidências para ilustrar
a área de estudo, cuja questão de pesquisa foi estabelecida para orientar a revisão do escopo:
Quais as consequências do alcoolismo parental na vivência dos lhos?
Na fase de idencação, foram contabilizados todos os argos encontrados nas
plataformas CAPES e Portal Regional da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Para facilitar e
restringir a busca bibliográca, ulizaram-se os termos: alcoolismo, parentalidade, álcool, pai,
lhos e mãe. Aplicou-se o ltro de ano, limitando-se às pesquisas publicadas nos úlmos 10
anos, e a primeira busca pelos resultados foi realizada em abril de 2025.
A idencação e seleção dos estudos relevantes foram orientadas pelos seguintes
critérios de inclusão: Argos publicados em Português, nos úlmos 10 anos, que abordam as
consequências na vida de indivíduos a parr de interações com pais alcoólatras. Já os critérios
de exclusão foram: livros e argos que abordam apenas consequências bioquímicas
resultantes da gestação.
Para facilitar a análise das referências bibliográcas, os resultados das buscas nas bases
de dados foram armazenados no Excel, com objevo de organizar essas referências. Argos
duplicados foram removidos. Inicialmente, os documentos foram selecionados com base na
relevância do tulo, excluindo aqueles que o possuíam as palavras-chave ou que o
atendiam aos critérios de inclusão. Outras rodadas de seleção envolveram revisão de resumos
e, por m, avaliação de texto completo, resultando em documentos denivos que atendem
aos critérios estabelecidos, garanndo que sua contribuição fosse relevante para o
desenvolvimento do trabalho.
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3 RESULTADOS
A busca inicial nas bases CAPES e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) resultou na
idencação de 47 argos ciencos relacionados à temáca do alcoolismo parental e suas
repercussões na vivência infanl. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão
previamente denidos, procedeu-se à leitura dos tulos e resumos para vericar a relevância
das publicações. Durante esse processo, foram idencadas duas duplicatas entre as bases.
Para ns de organização, considerou-se apenas a primeira base em que o argo foi
encontrado. Na etapa seguinte, os estudos potencialmente elegíveis foram lidos na íntegra,
resultando em um total de seis argos que atenderam integralmente aos critérios
metodológicos estabelecidos para compor a amostra nal da revisão.
Dos estudos analisados observou-se que a maioria consiste em estudos qualitavos,
totalizando 66,6% (n= 4); já os demais eram uma revisão sistemáca e um estudo estasco.
Com base na ntese e na análise críca dos argos incluídos na revisão, foi possível idencar
alguns padrões que surgiram na vivência de lhos de pais alcóolatras, são eles: negligência e
violência.
3.1. Violência Física, Verbal e Psicológica e seus Fatores Desencadeantes
Nesta análise, destacou-se a prevalência da violência enquanto principal forma de
maus-tratos nocados, aparecendo em aproximadamente 83% (n=5) das pesquisas
revisadas.
O escopo de Catarina Santos e Adélia Oliveira (2021) concluiu que a maior parte das
pessoas que cometem violências contra menores de 15 anos é proveniente do próprio
contexto familiar e, majoritariamente, possui a condição do alcoolismo como fator agravante,
sendo esta condição maior nos agressores do sexo masculino. Na sistemazação das
evidências empíricas qualitavas, de fato, idencou-se que a maioria dos relatos se referia
ao pai. Em suma, em todos os estudos que ilustram a violência como uma consequência (n=5),
a gura do pai surgiu na maior parte da narrava dos lhos e que o alcoolismo já exisa desde
a infância dos lhos.
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No relacionamento com pais alcoolistas, concluiu-se como comum a existência de
múlplas manifestações de violência, como a sica, a verbal e a psicológica, e enfaza-se a
existência de agressões sicas constantes entre o casal (pai e mãe) (Albuquerque;
Heimerdinger; Rodrigues, 2016; Vieira et al., 2022, Carias; Marques, 2020) e entre o pai e as
irmãs (Vieira et al., 2022), corroborando o fato de que crianças e adolescentes expostos a esse
contexto tornam-se vímas diretas ou indiretas da violência.
Outras manifestações de violência apontadas no escopo foram atudes imperialistas e
opressoras por parte do pai alcoolista, maus-tratos (Vieira et al., 2022); senmento de
submissão, desamparo e raiva diante da violência e sensação de imprevisibilidade (Carias;
Marques, 2021); brigas e violência verbal consigo e entre os genitores (Albuquerque,
Heimerdinger; Rodrigues, 2016; Vieira et al., 2021); e um codiano marcado pelo medo e pela
ameaça de que qualquer atude pudesse desencadear estresse nos genitores (Carias;
Marques, 2020; Santos; Oliveira, 2021).
Além disso, nos dados levantados por Elke Pinheiro e Paula Gomide (2020), nas
percepções dos lhos, seus pais e mães dependentes supervisionam suas avidades de forma
insuciente e estressante, estabelecem regras de maneira irregular, os punem de forma
inconsistente (com base em seu humor), empregam casgo sico frequentemente para
controlar seus comportamentos e se absveram de ensinar-lhes valores morais durante a
adolescência.
3.2 Negligência e Aspectos Contribuintes
A negligência surgiu também em 83,3% (n=5) dos argos revisados, dos quais apenas
33% (n=2) ulizaram de fato a palavra negligência (Pinheiro; Gomide, 2020; Santos; Oliveira,
2021), enquanto os demais descreveram situações de negligência sem a necessidade de uma
objevidade absoluta.
Além da violação dos direitos das crianças (Santos; Oliveira, 2021) e uma escassez de
afeto (Vieira et al., 2016; Pinheiro; Gomide, 2020), uma outra manifestação de negligência
mais sul surge nas conclusões de Antonio Carias e Tania Marques (2021), que evidenciam a
existência de uma inversão de papéis quando uma gura da família sofre de dependência
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alcoólica, exigindo uma adaptação dicil e emocionalmente desgastante. Nessas situações,
mesmo que ambos estejam em condições de vulnerabilidade, a atenção tende a se concentrar
unicamente na gura do adulto com dependência, negligenciando-se as necessidades da
criança.
Curiosamente, essa inversão de papéis, no qual o lho assume um papel que não é seu,
uma gura de mediador de conitos ou de um “paido próprio pai surge em 66% (n=4) dos
estudos. Entende-que que essa reorganização dos papéis sociais e a necessidade de os
membros se apoiarem, estabelecendo redes de suporte, evita o adoecimento e a sobrecarga
(Vieira et al., 2021). um destaque maior dessa situação alarmante se observada na
população adolescente, pois exige uma responsabilidade familiar problemáca num momento
de sua vida em que se necessita de amparo e modelos de idencação (Albuquerque
Heimerdinger; Rodrigues, 2016).
Em muitos resultados (n=4), o genitor alcóolatra é apresentado como uma gura
instável e imprecisa, onde ora é carinhoso e amoroso e, no momento seguinte, é violento e
opressor.
3.3 Análise das Variáveis de Pesquisa
Apesar de a negligência e a violência serem os fatores mais amplamente abordados,
algumas variáveis brevemente exploradas surgiram a parr da revisão do escopo e que
também demandam atenção.
Senmentos de vergonha do genitor alcóolatra, medo, o consumo de álcool precoce
ou o próprio alcoolismo na vida adulta surgiram em 66% (n=4) dos estudos; isolamento social
ou problemas de socialização em apenas 1; e, por m, fatores de proteção, como: apoio ao
lho, maturidade precoce, habilidades comportamentais preservadas, ambiente familiar
estável (Santos; Oliveira, 2021), criavidade, resiliência (Carias; Marques, 2021; Vieira et al.,
2021), autonomia, senmento de capacidade e independência (Carias; Marques, 2020), e até
mesmo esperança (Albuquerque Heimerdinger; Rodrigues, 2016), mas não necessariamente
posiva, apenas no discurso do genitor de que vai parar de beber. De modo geral essas
variáveis são observadas também em 66% (n=4) da amostra.
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4 Discussão
A punição sica no contexto familiar brasileiro permanece amplamente difundida,
sendo ainda reproduzida enquanto práca cultural (Elisa Andrade et al., 2011), revelando a
presença de uma violência simbólica (Bourdieu, 1998), que opera silenciosamente nas
relações familiares e é perpetuada por instuições que ignoram os seus impactos. Essa
violência é uma problemáca social e de saúde pública que afeta diretamente a estabilidade
das relações familiares, comprometendo o desenvolvimento de crianças e adolescentes e
trazendo consequências para a vida adulta e para a sociedade em geral (Andrade et al., 2011).
O consumo abusivo de álcool é frequentemente associado ao aumento de condutas
agressivas e à perda de controle emocional. Na grande maioria dos estudos que compõem
essa revisão, a violência sica surgiu como uma constante entre essas famílias; a associação
entre maus-tratos infans e exposição à violência domésca (entre os pais) na idade adulta é
parcularmente preocupante, visto que experimentar múlplas formas de trauma tem efeitos
cumulavos (Shields et al., 2020). Além disso, geram um ciclo muito dicil de ser quebrado.
Um histórico de maus-tratos na infância pode inuenciar as prácas parentais dos
adultos, afetando potencialmente seus lhos (Greene et al., 2020). Por essa razão, é
igualmente relevante considerar os fatores que podem promover trajetórias disntas. Nesse
viés, uma outra análise aponta que relacionamentos próximos com cuidadores e senmentos
iniciais de esma aumentam a capacidade de alguém como cuidador mais tarde na vida (Perry;
Colwell; Schick, 2002).
Pais que relatam sofrer abuso sico ou testemunham violência em casa durante a
infância correm maior risco de apresentar uma paternidade abusiva ou negligente (Greene et
al., 2020). Esses achados evidenciam como os efeitos da violência vivida na infância não se
limitam ao passado, mas moldam profundamente o modo como os indivíduos constroem seus
próprios papéis parentais na vida adulta. Estudos prospecvos apontam, inclusive, a invero
problemáca de papéis como um fator de risco na manutenção desse ciclo (Greene et al.,
2020).
E, embora a lógica pareça disnta, observa-se uma convergência sul nas formas como
o sujeito é afetado pela violência vivida ou presenciada. Outras pesquisas apontam que
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crianças que sofrem abuso ou têm um cuidador que é abusado podem perceber a violência
como uma parte normal de um relacionamento (Shields et al., 2020), tornando-se, para além
de possíveis agressores, uma população vulnerável à revimização, à tolerância ao sofrimento
relacional e à diculdade em estabelecer limites afevos seguros.
No entanto, ao contrário do que se poderia especular, uma outra pesquisa aponta que
apenas cerca de 15% das mães negligentes relataram viver em ambientes negligentes quando
crianças, embora uma proporção signicavamente maior tenha experimentado alguma
forma de violência (Perry; Colwell; Schick, 2002). Apesar de, por vezes, parecer menos visível
que a violência explícita, a negligência também se congura como uma das formas mais
recorrentes e devastadoras de sofrimento vivenciado por lhos de pais elistas. A negligência
nos estados iniciais da vida pode levar a danos graves, crônicos e irreverveis (Perry; Colwell;
Schick, 2002)
A negligência emocional constui-se em ações como abuso conjugal crônico ou
extremo na presença da criança, permir que uma criança use drogas ou álcool, recusa ou
falha em fornecer os cuidados psicológicos necessários e menosprezar constantemente
demonstrações de afeto (Perry; Colwell; Schick, 2002). Dentre os pos de negligência
idencados, destaca-se a dimensão emocional, que se torna estrutural na formação do
vínculo entre cuidador e criança.
O funcionamento de uma personalidade saudável origina-se da capacidade do sujeito
de reconhecer guras adequadas que estão dispostas e aptas a proporcionar-lhe uma base
segura e conável (Albuquerque Heimerdinger; Rodrigues, 2016), o que acaba não ocorrendo
funcionalmente no ambiente ambíguo no qual um dos genitores é elista. Considerando que
os seres humanos se desenvolvem por intermédio da interação (Paloma Nunes et al., 2023), a
carência de envolvimento afevo, cuidado responsivo e proteção psicológica compromete
profundamente a constuição da conança e da segurança subjeva. A gura de um pai
instável pode gerar sujeitos com apego ansioso, excessivamente exigentes, apácos,
indiferentes e com uma independência desaadora (Albuquerque Heimerdinger; Rodrigues,
2016).
Quando experiências relacionais falham, em qualquer aspecto, e negligência
emocional por parte dos pais, os prejuízos se estendem para o campo comportamental e
emocional.
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Em nível comportamental, algumas consequências se referem a problemas em
relacionamentos interpessoais, senmento de culpa, agressividade, diculdade em perceber
e aceitar as regras morais e sociais, pouca iniciava e/ou movação (Nunes et al., 2023). Já no
campo emocional, dizem respeito à ausência de uma autoimagem estável, abuso de álcool ou
drogas, comportamento destruvo ou até mesmo suicídio (Perry; Colwell; Schick, 2002).
Algumas dessas consequências puderam ser observadas em alguns dos parcipantes das
pesquisas que compõem essa revisão.
De modo geral, lhos de sujeitos elistas apresentam risco elevado de desenvolver
transtornos mentais e padrões comportamentais disfuncionais, como agressividade e evasão
escolar (Carias, Marques, 2021). Consequentemente, diante da complexidade dos impactos
causados pela negligência e pela violência no contexto do alcoolismo parental, torna-se
imprescindível pensar em estratégias de intervenção que não apenas atuem sobre os danos já
instaurados, mas que também operem de forma prevenva, considerando as múlplas
dimensões envolvidas na vivência dos lhos.
A saúde da criança depende profundamente da compreensão de sua individualidade,
assim como de condições ambientais que favoreçam e incenvem o seu desenvolvimento
(Nunes et al., 2023). Sob essa ópca, as evidências apresentadas ao longo deste estudo
apontam para a necessidade de ações que integrem diferentes níveis: individual, familiar,
comunitário e instucional, com o objevo de romper padrões intergeracionais de sofrimento
e oferecer suporte emocional, relacional e social aos indivíduos afetados.
Bruce Perry, Kevin Colwell e Schick Stephanie (2002) propõem uma abordagem de
cuidado baseada em quatro níveis interdependentes: o indivíduo, com foco no funcionamento
atual e nas necessidades futuras; o núcleo familiar, considerando prácas parentais, interações
e exposição à violência e substâncias; o entorno comunitário, que abrange fatores como
acesso à educação, suporte social e recursos; e, por m, o sistema sociocultural, relacionado
às crenças colevas sobre cuidado, parentalidade e uso de serviços públicos.
Lisa Fellin et al. (2019, citado por Cassey Muir et al., 2022) propuseram uma
intervenção baseada em grupo, centrada nos pontos fortes desenvolvidos pelos jovens
durante experiências adversas, incluindo estratégias voltadas à construção de segurança,
conança interpessoal e uma autoidendade posiva. Tais abordagens, segundo os autores,
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podem ser adaptadas ao contexto de lhos de usuários de substâncias, destacando a
importância da dimensão narrava e simbólica, que visa oferecer ao sujeito a possibilidade de
reconstruir sua própria história por meio da escuta clínica e de espaços colevos de
elaboração, rompendo com o silenciamento emocional e favorecendo os fatores de proteção.
Vale ressaltar que a coprodução de recursos ao lado de jovens que viveram essa
experiência pode ajudar a desenvolver intervenções mais envolventes, acessíveis e funcionais,
reduzindo a tendência de que tentem ocultar o uso de substâncias de seus pais ou tentem
lidar sozinhos com as situações adversas provenientes dessa condição (Muir et al., 2022),
auxiliando nos processos de autoconança e resiliência.
Em síntese, para além das propostas supracitadas, cabe aos prossionais de saúde
buscar o cuidado integral considerando a complexidade subjeva, simbólica e social da
vivência dos lhos de pais com transtorno por uso de álcool. Nesse sendo, propõem-se ações
voltadas à dimensão intergeracional, com foco na idencação e ressignicação de padrões
parentais internalizados, a m de prevenir a reprodução de vínculos disfuncionais em futuras
gerações.
A dimensão tecnológica e informacional também surge como estratégia
contemporânea muito plausível, ao ampliar o acesso a conteúdo de apoio, grupos virtuais e
canais seguros de orientação, especialmente entre adolescentes e jovens adultos, que muitas
vezes se sentem isolados. Na dimensão educacional e de letramento emocional também se
propõe a implementação de programas prevenvos que ensinem crianças e adolescentes a
nomear emoções, reconhecer abusos e desenvolver estratégias de autorregulação.
Por m, faz-se mister compreender essas consequências não apenas como omissões,
mas como prácas socialmente construídas e subjevamente reproduzidas. É essencial
romper com leituras individualizantes e propor intervenções que arculem subjevidade,
políca e cuidado. A responsabilização exclusiva da gura do pai alcóolatra, sem considerar o
contexto histórico e social em que está inserida, apenas reforça a invisibilização do sofrimento
e o risco de revimização. Juntas, essas propostas podem contribuir para um modelo de
intervenção mais sensível, abrangente e transformador, capaz de interromper ciclos de
sofrimento e promover novas formas de cuidado.
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Mayra Crisne Loewen
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William Fernandes Weidgenand
EVOXIA – INTERNACIONAL JOURNAL OF SCIENTIFIC INNOVATION, Blumenau, SC, v. 1, n.1, dez. 2025.
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CONCLUSÃO
No contexto do uso abusivo de álcool por genitores, é comum vivenciar situações
adversas que podem acarretar consequências extremamente prejudiciais ao sujeito. Nesse
viés, faz-se mister trabalhar tratavas sobre a situação. Tiago Calza, José Sarriera e Débora
Dell'aglio (2016) discutem a necessidade de invesr em ações de prevenção contra a violência,
bem como a capacitação de prossionais, enfazando ainda o papel da rede e da importância
de uma maior arculação entre ela. O primeiro passo é o conhecimento, e os resultados dessa
revisão indicam que uma carência notável de evidências brasileiras recentes que sustentem
intervenções mais especializadas voltadas aos lhos.
É evidente a escassez de material nacional que objeve compreender essas
consequências. Portanto, enfaza-se a importância de mais pesquisas sobre esse tema. A
análise dos argos selecionados rearma a existência de repercussões negavas nesse
contexto, apesar dos fatores de proteção que surgiram em algumas pesquisas. Estudos
empíricos, especialmente aqueles que empregam métodos qualitavos, são predominantes,
mas ainda necessários.
Os resultados delineiam quatro principais repercussões dessa dinâmica, sendo elas:
negligência, violência, problemas em relacionamentos interpessoais e fatores de proteção
consequentes. Adicionalmente, transtornos mentais na vida adulta também são uma
consequência signicante.
Em nossa visão, os resultados das poucas pesquisas encontradas no Brasil trazem a
percepção de consequências signicavas na vivência dos lhos, porém, mais pesquisas na
área poderiam sugerir resultados diferentes ou um aprofundamento dos resultados já
encontrados. O vício no álcool é algo muito pesquisado e avaliado, mas sem muita análise das
consequências geradas nos indivíduos que convivem com alcoólatras.
AS CONSEQUÊNCIAS DO ALCOOLISMO PARENTAL NA VIVÊNCIA DOS FILHOS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
EVOXIA – INTERNACIONAL JOURNAL OF SCIENTIFIC INNOVATION, Blumenau, SC, v. 1, n.1, dez. 2025.
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SOBRE OS AUTORES
Maria Clara Carrias é psicóloga pela UNIASSELVI, Indaial, Santa Catarina, Brasil. Está cursando
Mestrado em Análise Comportamental pela UNINQ, UNINQ, Orlando, Flórida, EUA. E também
é jogadora de xadrez.
Danyele Maria Annater é estudante de Psicologia, pela UNIASSDELVI, Indaial, Santa Catarina,
tendo interesse pela Terapia Cognivo Comportamental e pelo Desenvolvimento Humano. É
agente administravo do Conselho Tutelar III de Blumenau.
Mayra Crisne Loewen é estudante, pela UNIASSELVI, Indaial, Santa Catarina.
Taila Tais Draeger é estudante de Psicologia, pela UNIASSDELVI, Indaial, Santa Catarina.
William Fernandes Weidgenand é estudante, pela UNIASSELVI, Indaial, Santa Catarina.
Recebido em 04 de outubro de 2025.
Revisado em 13 de outubro de 2025.
Aprovado em 13 de outubro de 2025.
© Associação Brasileira de Editores Científicos - ABEC
Este é um artigo de acesso aberto, licenciado de acordo com os
termos da Creative Commons, permitindo uso
e compartilhamentoconforme suas diretrizes.
Como citar este argo: CARRIAS, Maria Clara et al. As Consequências Do Alcoolismo Parental Na
Vivência Dos Filhos: Uma Revisão Integrativa. EVOXIA INTERNACIONAL JOURNAL OF SCIENTIFIC
INNOVATION, Blumenau, SC, v. 1, n.1, dez. 2025.
Conflitos de interesse: Em conformidade com as boas práticas de publicação científica, o autor
declara a inexistência de conflitos de interesse de natureza comercial, financeira ou associativa
que possam influenciar, de forma direta ou indireta, o conteúdo e os resultados apresentados
neste manuscrito.
Financiamento: O estudo não recebeu financiamento.