ENTRE INVISIBILIDADE E RECONHECIMENTO: REPRESENTATIVIDADE SURDA E CONSTRUÇÃO IDENTITÁRIA NA ATUALIDADE

Autores

  • Elisandra Santos Mendes Garcia Autor

Palavras-chave:

Surdez, representatividade surda e construção identitária

Resumo

Esta revisão integrativa reuniu estudos dos últimos dez anos que examinam como a representatividade 
da surdez é construída, percebida e reivindicada, especialmente a partir da perspectiva dos surdos. 
Através de 11 artigos encontrados em bases brasileiras e internacionais, identificaram-se três grandes 
eixos recorrentes: (a) representações sociais – como a surdez é vista/sentida por surdos e por ouvintes, 
(b) identidade cultural surda – como os surdos constroem sua identidade frente a modelos médicos, 
sociais ou biculturais, e (c) práticas culturais e educacionais como espaços de afirmação de 
representatividade (literatura surda, língua de sinais, movimentos culturais e mídias). Em muitos 
estudos, há tensão entre ver a surdez como deficiência (modelo clínico/patológico) e como diferença 
cultural ou linguística – muitos surdos rejeitam o primeiro e reivindicam o segundo. Também se 
destaca o papel das políticas públicas, da lei (como o reconhecimento da Libras), da educação bilíngue, 
dos espaços sociais (redes sociais, literatura, mídia) para dar visibilidade ou propiciar 
representatividade. Limitações: muitos estudos são qualitativos, localizados em contextos específicos 
(Brasil, sul do mundo); poucos com grandes amostras ou longitudinais; falta de estudos focados em 
surdez unilateral ou marginal. Contribuições: mapeamento recente, articulação entre identidade, 
representatividade e educação, indicação de caminhos para atuação prática de representatividade 
(literária, cultural, política). Sugere-se aprofundar estudos comparativos, amadurecer pesquisas 
quantitativas e explorar percepções de surdos oralizados vs. surdos usuários de Libras. 

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Publicado

2025-10-27